quinta-feira, 23 de abril de 2020

Estrangeirismo e polêmica




Quem disse que o blog Nossa Língua não gosta de uma polêmica, de memes ou coisa do tipo?
Gostamos, sim. Principalmente quando essa polêmica abre espaço para conversarmos sobre assuntos que nos interessam.
 E o vídeo acima nos abriu uma excelente oportunidade para conversarmos sobre um tema importante para nós, brasileiros: ESTRANGEIRISMO.
Bom, diferentemente de muita gente, eu até gosto deles, pois não me imagino, por exemplo, dizendo que vou a um centro de compras; prefiro dizer que vou ao shopping. Mas, também penso que há de se ter bom senso. Por exemplo, considero desnecessário usar uma palavra de outra língua, quando temos um correspondente na nossa.  Inclusive já falei disso aqui (https://luceliamarinho.blogspot.com/2011/05/brazilian-day-em-portugal.html).  
O bom senso faltou, por exemplo, ao nobre edil quando tentou aplicar regras gramaticais da língua portuguesa em uma palavra da língua inglesa, cuja gramática difere da nossa. E olhem que não estou aqui fazendo repúdio à expressão fake news (até gosto dela), que, inclusive, tem um bom correspondente na língua portuguesa (notícia falsa), mas à tentativa de aplicar a mesma regra de formação de plural que utilizamos em palavras como: raiz/raízes, país/países. Na língua inglesa, a expressão fake news, não se altera no plural. Ou seja, se usa a mesma forma tanto para o plural quanto para o singular (como ocorre em palavras nossas, a exemplo de pires ônibus). Convém, então que apenas a importemos para o nosso vocabulário,  sem tentativas de "aportuguesamento". Há casos em que isso até é possível, mas "fake newses" é demais!


PS: ESTRANGEIRISMO (a grosso modo) consiste  no uso "emprestado" de uma palavra, expressão ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na língua nativa.



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