quinta-feira, 30 de abril de 2020



Não é raro ouvirmos "cidadões", "chapéis", dentre outros "plurais" estranhos. Por isso, o Nossa Língua traz estes lembretes sobre o plural de algumas palavras que, com frequência, surgem como dúvida pra muita gente na hora de usá-las.





terça-feira, 28 de abril de 2020

sábado, 25 de abril de 2020

Testou positivo ou deu positivo?


Mais uma do nosso plantão de dúvidas na quarentena.


Verbos terminados em -am e -ão


Cônjuge, Conje ou Conge?





 Há aproximadamente um ano, surgia a polêmica em torno do substantivo CÔNJUGE. Os últimos acontecimentos em Brasília trouxeram de volta os memes acerca do assunto. E é claro que não poderia perder a oportunidade de fazer esse esclarecimento. 

Outra dúvida evocada na ocasião foi acerca da flexão de gênero dessa palavra (assista ao vídeo abaixo). Cônjuge seria um substantivo sobrecomum (deve ser usada a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino) e, portanto poderíamos dizer: o cônjuge tanto em referência a homem como a mulher; ou um substantivo comum de dois gêneros (a diferenciação entre masculino e feminino se dá pelo emprego do artigo - o cônjuge / a cônjuge)?

Bem... o que ocorre é que segundo os dicionários Aurélio e Houaiss, O CÔNJUGE é substantivo sobrecomum, ou seja, é masculino e serve tanto para o homem como para a mulher. Porém, o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras já considera CÔNJUGE como substantivo de dois gêneros: O CÔNJUGE e A CÔNJUGE.



quinta-feira, 23 de abril de 2020

Estrangeirismo e polêmica




Quem disse que o blog Nossa Língua não gosta de uma polêmica, de memes ou coisa do tipo?
Gostamos, sim. Principalmente quando essa polêmica abre espaço para conversarmos sobre assuntos que nos interessam.
 E o vídeo acima nos abriu uma excelente oportunidade para conversarmos sobre um tema importante para nós, brasileiros: ESTRANGEIRISMO.
Bom, diferentemente de muita gente, eu até gosto deles, pois não me imagino, por exemplo, dizendo que vou a um centro de compras; prefiro dizer que vou ao shopping. Mas, também penso que há de se ter bom senso. Por exemplo, considero desnecessário usar uma palavra de outra língua, quando temos um correspondente na nossa.  Inclusive já falei disso aqui (https://luceliamarinho.blogspot.com/2011/05/brazilian-day-em-portugal.html).  
O bom senso faltou, por exemplo, ao nobre edil quando tentou aplicar regras gramaticais da língua portuguesa em uma palavra da língua inglesa, cuja gramática difere da nossa. E olhem que não estou aqui fazendo repúdio à expressão fake news (até gosto dela), que, inclusive, tem um bom correspondente na língua portuguesa (notícia falsa), mas à tentativa de aplicar a mesma regra de formação de plural que utilizamos em palavras como: raiz/raízes, país/países. Na língua inglesa, a expressão fake news, não se altera no plural. Ou seja, se usa a mesma forma tanto para o plural quanto para o singular (como ocorre em palavras nossas, a exemplo de pires ônibus). Convém, então que apenas a importemos para o nosso vocabulário,  sem tentativas de "aportuguesamento". Há casos em que isso até é possível, mas "fake newses" é demais!


PS: ESTRANGEIRISMO (a grosso modo) consiste  no uso "emprestado" de uma palavra, expressão ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na língua nativa.



terça-feira, 21 de abril de 2020

umbu e imbu






Intitulado por Euclides da Cunha como "árvore sagrada do sertão", o umbuzeiro ou imbuzeiro produz o umbu ou imbu. Isso mesmo. As duas formas são aceitas como corretas.

Ah... e nada de colocar acento agudo no final das palavras imbu e umbu. Já falamos sobre isso por aqui. Quem não viu basta clicar neste link: 
https://luceliamarinho.blogspot.com/2020/03/por-que-acentuamos-bau-e-nao-acentuamos.html

domingo, 19 de abril de 2020

DICA DE LEITURA




Há livros que nos trazem reflexões tão profundas, a ponto de nos marcarem tão fortemente que, mesmo anos depois de termos terminado sua leitura, ainda permanecem vivos em nós. Foi o que aconteceu entre mim e "A HORA DA ESTRELA", de CLARICE LISPECTOR. Um livro que de cara surpreende pela genialidade da autora ao contar duas histórias que transcorrem paralelamente na obra: a história da própria narrativa (um exercício maravilhoso e igualmente complexo de metalinguagem), em que o narrador  se apresenta como Rodrigo S.M. (aparentemente um disfarce da autora pra falar de si mesma, com um certo distanciamento, sem sentimentalismos - e aí uma crítica ao machismo pode ser lida nas entrelinhas e assunto pra uma outra postagem, quem sabe) e a história de Macabéa, uma migrante nordestina vivendo no Rio de Janeiro, cujo único prazer que tem na vida é ouvir um rádio-relógio que lhe fora emprestado por uma de suas colegas de quarto da pensão em que mora. A ingenuidade de Macabéa é tamanha que é impossível um leitor não se pegar perguntando se existe um ser humano assim (eu juro que conheço um caso muito parecido com o de Macabéa). Mas  o melhor do livro são os sentimentos que ele faz emanar  e a maior de todas as reflexões que ele provoca: Há pessoas que passam uma vida inteira no anonimato, invisíveis aos olhos da sociedade, mas com histórias, experiências de vida que mereciam ganhar todos os holofotes imagináveis. Todavia, somente quando morrem é que ganham o "estrelato". E nesse ponto da leitura, é impossível não se incomodar, não doer a constatação de como nós somos ingratos uns com os outros. Passamos uma vida convivendo com pessoas magníficas, mas, por uma razão ou por outra, sem dar-lhes o devido valor. Daí, quando elas partem, lá estamos nós...

      Quantas Macabéas devem existir pelo mundo esperando serem descobertas e entendidas?

OBS.: O texto acima tem como único objetivo despertar o interesse pela leitura de "A hora da estrela".

Fica em casa ou Fique em casa?


quarta-feira, 15 de abril de 2020

Pronome ONDE - parte II






Vez ou outra me deparo com alguém fazendo uso do pronome relativo ONDE em desacordo com o padrão culto da língua. E olhe que não estou falando sobre os equívocos entre ONDE e AONDE (assunto que já abordado neste blog semana passada). Refiro-me a frases como as que seguem:

  • “Essas coisas prejudicam a gente, onde a gente não pode mais nem reagir.”
  • "Hoje, participei de uma reunião onde discutimos os rumos da educação brasileira."

       Alguém deve estar se perguntando: Mas, qual o problema dessas frases? 
       Primeiro, é importante entender que, de acordo com o padrão culto da língua, o pronome ONDE só deve ser utilizado para indicar uma locação concreta (casa, praça, mar). Observe que nas frases acima ele não faz referência a um lugar concreto. Na primeira frase, o pronome ONDE retoma o termo "coisas"; já na segunda, refere-se ao substantivo "reunião". Perceba que nem COISAS nem REUNIÃO indica lugar concreto.

      Para terminar, vejamos dois exemplos de frases em que ONDE foi empregado de acordo com o padrão culto da língua:
  •    Hoje visitei a casa onde nasci. 
  •    O pai não conseguiu entrar no quarto onde a filha estava internada.

   Espero que a dúvida tenha sido esclarecida. Caso não, deixe sua pergunta nos comentários.





        

domingo, 12 de abril de 2020

Vamos brincar de ditado?



Quem disse que a quarentena precisa ser chata?
Pra sair do tédio, vamos brincar de ditado. Chame quem tá aí com você para treinar ortografia. Você ou outra pessoa dita as palavras que preparei para os demais, que devem escrevê-las no  celular ou numa folha de papel. Depois, é só corrigir uma a uma e ver quem acertou mais. Podem pensar até em desafios para quem menos acertar cumprir.

Segue a listinha das palavras:


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Álcool gel ou álcool em gel?





          Às vezes, um substantivo torna-se adjetivo para especificar um termo, como "caneta tinteiro" e "álcool gel". Também se usa um expressão preposicionada, como "álcool em gel", para especificar o tipo do produto, a exemplo de "sabão em pó".

O Covid-19 ou a Covid-19?


              A pandemia, além de angústia, muito medo e tantos outro sentimentos, também gerou algumas dúvidas de língua portuguesa. Enquanto seguimos a recomendação de FICAR EM CASA, vamos aprender um pouco mais sobre nossa língua. 



segunda-feira, 6 de abril de 2020

ONDE X AONDE





Esta é a primeira de duas postagens que farei aqui, tendo como tema o vocábulo ONDE. Hoje, a nossa conversa será para esclarecer uma dúvida muito comum, que diz respeito à diferença entre ONDEAONDE.

Essa é fácil!

ONDE deve ser usado com verbos que indicam estado e permanência.
Ex: Onde você mora?
       Onde você fica sua casa?
        João  não soube dizer onde está.

OBSERVE que, nas frases acima, as formas verbais "mora", "nasci" e "está" NÃO indicam MOVIMENTO



 AONDE deve ser usado com verbos que indicam MOVIMENTO.
Ex: "Aonde quer que eu , levo você no olhar"
        Ela não sabe aonde quer chegar.
        Aonde vocês foram ontem?

Nesse caso, as formas verbais "vá", "chegar" e "foram" indicam MOVIMENTO.


ENTÃO, dúvida esclarecida? Deixe seu comentário. Deixe sua dúvida sobre outro assunto queira ver por aqui.