domingo, 31 de maio de 2020
a grama X o grama
Com humor, a tirinha a seguir também esclarece essa dúvida muito comum entre os falantes da língua portuguesa.
Disponível em: https://www.sapobrothers.net/sb/agramaograma.htm. Acesso em 31 de maio de 2020.
sábado, 30 de maio de 2020
POLISSEMIA
Há muitos outros exemplos de palavras polissêmicas em nossa língua, como:
- gato: animal mamífero e pessoa atraente
- letra: símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro
- formigueiro: multidão e toca das formigas
- boca: abertura de um recipiente e parte do corpo
Na tirinhas, é muito comum os autores fazerem uso da polissemia como recurso para garantir o humor do texto. Veja:
Observe que, nessa tirinha, a construção do humor se deu pelo efeito polissêmico da palavra "costela".
tampouco X tão pouco
Há quem acredite que a palavra "tampouco" não existe. Provamos agora que, sim, ela existe. Trata-se de um advérbio.
quarta-feira, 27 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
Vamos às explicações:
1) Depois da preposição "entre", nada de pronome pessoal do caso reto. Nesse caso, o adequado seria dizer:
"entre mim e o presidente".
2) Já falamos aqui no blog sobre o emprego do pronome relativo o qual e suas variações (ver link no fim desta postagem). Observe que, nesse trecho da fala do ex-ministro, ele usa o pronome relativo com o determinante no masculino (o qual) para retomar um termo no feminino (reunião). Além disso, na postagem do link exibido acima, você saberá que ele poderia ter usado outro pronome.
3) O verbo evidenciar não rege preposição. Logo, ele deveria ter dito: "isso evidencia que"
Saiba mais sobre os pronomes "o qual, a qual, os quais, as quais" no link que segue:
sábado, 23 de maio de 2020
Entrega à domicílio, entrega ao domicílio ou entrega em domicílio?
Pronto. Agora, já sabemos: nada de delivery, nem de entrega a ou ao domicílio. Vamos valorizar o bom e correto português.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
PLEONASMO VICIOSO
Pleonasmo vicioso é o uso excessivo de palavras na transmissão de uma ideia, ocorrendo repetição e redundância, constituindo-se um vício de linguagem, um desvio do padrão culto da língua (vide imagem).
Outros exemplos de PLEONASMO VICIOSO:
- descer pra baixo
- cair uma queda
- protagonista principal
- ré pra trás
- voltar pra trás
- planejamento para o futuro
- surpresa inesperada
- amanhecer o dia
- consenso geral
quinta-feira, 21 de maio de 2020
o qual, a qual, os quais, as quais
A postagem de hoje é resultado do incômodo que sinto todas as vezes em que vejo pessoas fazendo uso exagerado, desnecessário e muitas vezes inadequado do pronome relativo o qual e suas variações. Então, vamos a algumas considerações:
1) O qual (ou suas variações - a qual, os quais, as quais) deve ser utilizado para retomar um termo que o antecede, a fim de evitar repetição desnecessária.
2) Na fala ou na escrita, dê preferência ao emprego de o qual (ou suas variações) para evitar ambiguidade e/ou depois de preposições com mais de uma sílaba (pe-ran-te / so-bre / pa-ra) e das preposições sem e sob.
Vamos, então aos exemplos:
- Visitei a fazenda de meu tio, que me deixou encantada.
- O pronome relativo que pode estar se referindo tanto a "fazenda" quanto a "tio". A ambiguidade poderia ser desfeita, empregando os referidos pronomes, de duas formas: Visitei a fazenda de meu tio, o qual me deixou encantada. / Visitei a fazenda de meu tio, a qual me deixou encantada.
- Este é o juiz perante o qual o criminoso confessou o crime.
- Neste caso, "o qual" está depois de uma preposição com mais de uma sílaba (perante).
Importa ressaltar que, embora a maioria dos gramáticos aprove o emprego do pronome em questão como no primeiro exemplo, eu, particularmente, só o utilizo para desfazer ambiguidades em último caso. Prefiro empregar o qual, a qual, os quais ou as quais apenas depois de preposição com duas sílabas ou mais. De qualquer forma, convém evitar o emprego exagerado e desnecessário.
Sugestão de leitura
A sugestão de leitura de
hoje é “Meu querido canibal”, de Antônio Torres que, diga-se de passagem, é um dos meus autores favoritos, além de
baiano da gema, ali da cidade de Sátiro Dias, antigo Junco.
O romance traz ao leitor a
história da colonização brasileira sob a ótica dos colonizados e apresenta quem
podemos chamar de primeiro herói tipicamente brasileiro, Cunhambebe, um índio
corajoso de dois metros de altura, que muito lutou para não deixar o seu
povo sofrer aniquilação cultural e física.
Numa narrativa bastante
corajosa (desde a capa com a imagem de um índio apontando uma flecha para o que
parece ser a cidade do Rio de Janeiro do período em que a história narrada se
passa), Antônio Torres aproveita para dar posição de destaque à arrogância e à
violência dos portugueses que aqui chegaram, ao mesmo tempo em que, ao nos
contar sobre a destemida resistência indígena, nos apresenta o índio que,
apesar de valente e nobre, nem sempre conseguiu se livrar das corrupções
sociais.
Enfim, uma narrativa emocionante
e crítica de um lado da nossa história sobre o qual pouco se fala.
terça-feira, 19 de maio de 2020
Sobre o hífen
Mais uma postagem da série "Slides das minhas aulas". Hoje, resolvi postar os que utilizo para sistemar as informações acerca do emprego do hífen. O que ocorre depois de um trabalho de pesquisa feito pelos alunos, que consiste em listar palavras com e sem esse sinal gráfico e depois fazer um levantamento de hipóteses que possam justificar seu emprego ou não.
E então, gostou?
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domingo, 17 de maio de 2020
Suar X Soar
DICA BÔNUS:
Você deve dizer: "Eu suo muito à noite."
"Tomara que eu sue bastante durante a corrida."
"Espero que ele sue pouco hoje para não manchar a camisa."
está X estar
A mesma regra vale para DAR e DÁ.
Veja alguns exemplos:
1) Quando chegar em casa, vou dar atenção ao meu filho. (depois da forma verbal "vou")
2) A velhinha gosta de dar atenção às crianças. (depois da preposição "de")
3) Ana dá um presente a sua professora de português todo ano. (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
sábado, 16 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
O poder da vírgula
Ontem, postei aqui alguns slides sobre o emprego da vírgula entre os termos da oração. Hoje, segue um vídeo (que também utilizo em minhas aulas) publicado em homenagem aos 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa, que evidencia o quão poderoso é esse sinal de pontuação.
Sobre a vírgula
Já deve ter dado pra perceber que sou uma apaixonada pelas letras e pelo ensino de língua portuguesa, não é mesmo?
Pois bem, hoje resolvi que aqui também farei postagens de alguns slides que utilizava em minhas aulas (por estar exercendo outra função na educação, desde 2017, não estou em efetiva de docência). Decidi iniciar pelo EMPREGO DA VÍRGULA ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO.
Já sabem: se surgir qualquer dúvida, se quiser emitir sugestão ou opinião, basta deixar um comentário.
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* Na pontuação moderna, não se deve colocar uma vírgula entre o sujeito e o predicado. Todavia, essa regra de pontuação é mais um conselho do que uma regra propriamente dita. Ela não tem, como as regras de acentuação, aquela obrigatoriedade que não admite divergências, e há casos em que poderá ser necessário contrariá-la, no intuito de tornar a leitura mais fluente.
Quando o sujeito é representado por uma oração subordinada substantiva, alguns escritores costumam empregar uma vírgula para destacar o fim do bloco do sujeito. Nos textos de Machado de Assis, encontramos exemplos desse tipo sem vírgula (“Quem for mãe que lhe atire a primeira pedra”) e com vírgula (“Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência”)
domingo, 10 de maio de 2020
Um acento faz muita diferença!
Há muitos outros casos como esses em nossa língua. Listei mais alguns abaixo. E você, conhece outros exemplos? Conta pra mim nos comentários.
secretaria x secretária
cai x caí
pele x Pelé
sai x saí
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