sábado, 15 de janeiro de 2011

Para mim ou para eu? Parte II


Alguns colegas costumam explicar esse caso dizendo que não se emprega o pronome MIM antes de verbos no infinitivo. O que é um equívoco. Há cinco casos em que podemos usá-lo antes de infinitivo: Diante dos verbos CUSTAR, FALTAR, BASTAR e SER ou ESTAR (Esses dois últimos com adjetivos como difícil, fácil, certo, complicado.).


Então, o correto é:

Basta para mim ter você ao meu lado. E não: Basta para eu ter você...
Custa para mim entender esse assunto. E não: Custa para eu entender esse assunto.
Falta para mim entender esse assunto. E não: Falta para eu entender...
Resta para mim falar um pouco mais. E não: Resta para eu falar...
É muito fácil para mim falar sobre português. E não: É muito fácil para eu falar...

Observe que em todos esses exemplos o pronome MIM não exerce a função de sujeito.
É só colocar essas frases na ordem direta. Exemplo: Ter você ao meu lado basta para mim. O sujeito, portanto, é a oração "Ter você ao meu lado" e não o pronome oblíquo em questão.

Sendo assim, a regra é: O pronome MIM não pode exercer a função de sujeito no uso culto da língua.

Por favor, não saia mais por aí dizendo:
"Peguei esse dinheiro pra mim comprar um livro."

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